Projeto da instalação de câncer de Quebec inspirado nos elementos centrais da Terra

O projeto do centro integrado de tratamento do câncer, Centre intégré de cancérologie (CIC), como parte do centro hospitalar da Universidade Laval de Quebec, CHU de Québec-Université Laval, presta homenagem aos elementos naturais e à arquitetura circundante para criar uma instalação focada no bem-estar.

Projetado por um consórcio de empresas de design, Groupe A, DMG, Lemay, Jodoin Lamarre Pratte, NFOE e arquitetos GLCRM, o centro está localizado no campus do Hôpital de l'Enfant-Jésus (HEJ) na cidade de Quebec.

A arquitectura do CIC, baseada nos temas do ar e da luz, é contida e assemelha-se às principais características dos edifícios existentes com a utilização do tijolo e a continuidade nas linhas da cornija. “A contemporaneidade dos agrupamentos é caracterizada pela vontade de encher de luz o projeto. Os tons dos tijolos ocres, as juntas de argamassa claras e os componentes e revestimentos brancos de aço e alumínio refletem a luz, que dança pelas superfícies ao longo do dia”, disse Rémi Morency, sócio, arquiteto e urbanista do Grupo A. /Anexo U.

O ponto de partida para o desenvolvimento arquitetônico foi o projeto de um pátio interno verde, rodeado pelo programa de oncologia. O objetivo era proporcionar áreas de recepção, salas de espera, zonas de trânsito, instalações de atendimento e áreas de trabalho agradáveis ​​que promovessem a saúde e a cura. Abundância de luz natural, vistas exteriores, espaços verdes, materiais quentes, cores e arte caracterizam o novo espaço de saúde.

“O centro foi pensado para tornar os jardins visíveis de todos os níveis. Um sistema de pátios e jardins na cobertura foi desenvolvido e refinado no pátio interno para dar-lhe uma escala humana, de modo que cada espaço de tratamento se beneficie de um jardim”, disse Lucie Bégin, arquiteta e diretora da Jodoin Lamarre Pratte Architectes. “O conceito de jardim de cura não é novo e há 20 anos trabalhamos para aperfeiçoá-lo, adaptando-o ao contexto e à escala de cada projeto”, afirma Bégin.

Um componente importante do novo complexo foi a exigência de que o CIC fosse integrado ao complexo hospitalar existente e ao seu contexto urbano. O centro foi construído próximo ao limite do local para oferecer aos pacientes o máximo de privacidade possível. Os seus volumes foram pensados ​​​​para equilibrar o carácter residencial da Rua Vitré, a nascente, e o carácter mais institucional da esplanada e centro de investigação básica, a poente.

Uma rota de tráfego norte-sul conecta o CIC ao futuro centro de pesquisa e à ala de cuidados intensivos do hospital existente. O foyer do CIC marca o final de um longo corredor que, como uma linha do tempo, começa nos edifícios mais antigos do HEJ. Esta passagem é pontuada por corredores onde se encontram diferentes centros de tráfego público, originando os temas do design interior de cada ala: terra, água, fogo, ar e luz.

Um padrão 3D, composto por uma infinidade de pequenos losangos entrelaçados, inspirado na torre Art Déco da ala A, situada acima da entrada principal do hospital quando foi construído, foi desenvolvido para proporcionar sombra e privacidade às grandes áreas envidraçadas.